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ENTREVISTA: “Superando sempre”


Eliene Francisca da Silva França é Professora e tem 52 anos. Nessa entrevista ela discorre sobre as causas que a fez desenvolver a depressão e a luta que enfrenta para superar dia a dia a depressão.

1. Desde quando você tem depressão?

Desde 2006.

2. Quando você descobriu?

Em 2007.

3. Em algum local específico?

Na escola, onde trabalhava.

4. Teve algum motivo aparente?

Quando vivenciei uma violência entre alunos, em sala de aula.

5. Foi diagnosticada por algum especialista?

Sim por um Psiquiatra.

6. Fez/faz algum tratamento?

Fiz tratamentos, com psiquiatras e psicólogos, durante seis anos.

7. Como você está superando?

O primeiro passo, foi afastamento da sala de aula, me manter longe da escola me faz muito bem, sempre que entro em crise tomo medicação orientada pelo meu médico. Faço acupuntura semanalmente e também uso de fitoterápicos.

8. O que você aconselha a alguém que esteja passando pelo mesmo problema?

Procurar urgentemente um psiquiatra, é o profissional mais indicado para cura, não obrigatoriamente o primeiro que você se consultar, temos que nos sentirmos bem e isso não acontece se dopando, tomando remédios apenas para dormir, temos que nos sentirmos equilibrados, vai além de tomarmos medicação para nos doparmos.

9. Como você se sentia antes?

Antes era uma pessoa sensível, porém altamente tolerante, paciente, apesar de ansiosa.

10. E depois?

Depois tornei- me impaciente, extremamente ansiosa, angustiada e muito triste.

11. Qual foi a reação da família?

A princípio, ficaram sem entender direito, principalmente meus filhos, eram pequenos ainda mas, depois me deram todo apoio necessário em especial meu esposo e minha filha.

12. E hoje como você se encontra? Já superou?

Não totalmente, sempre que acontece algo extra, fora da rotina. Já desequilibro, só em pensar em retornar para escola.

13. E quando olha para o passado, o que vê?

Quando olho para o passado, veja uma educadora exausta, cansada, altamente explorada por um sistema que não valoriza o professor e que não deu o mínimo de condição de trabalho possível.

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